Disfunção Eréctil (impotência)

Em que consiste? - Definição
Consiste na incapacidade total ou parcial em atingir ou manter uma erecção. Como consequência existe uma impossibilidade do acto sexual vaginal, introdução do pénis dentro da vagina (ou do intercurso anal), pois é necessária uma erecção no mínimo moderada para tal; esta disfunção pode igualmente estar acompanhada ou surgir como perda da erecção antes da ejaculação. A disfunção eréctil pode não conduzir à perda de excitação e prazer psicológico.

O termo impotência já não é utilizado porque tem uma conotação negativa para o homem e muitas vezes é confundido com a infertilidade. Na realidade os homens com esta disfunção produzem um esperma capaz de fecundar a mulher no momento em que a erecção seja conseguida.

Pode chamar-se Disfunção Eréctil Primária no caso em que o homem nunca foi capaz de realizar o coito. Chama-se Disfunção Eréctil Secundária quando o homem tem dificuldade em obter ou manter uma erecção mas já conseguiu o coito vaginal ou anal pelo menos uma vez.

A disfunção eréctil é provavelmente a segunda mais frequente de todas as disfunções sexuais nos homens, sendo que a secundária é muito mais frequente que a primária. As dificuldades na erecção podem afectar os homens de qualquer idade, desde a adolescência até à velhice, e não parece estar associada a factores raciais ou socioeconómicos.

É provável que cerca de metade da população masculina já tenha sofrido episódios ocasionais de disfunção eréctil, sendo que isto pertence à resposta sexual normal. Como distinguir então as situações normais da verdadeira disfunção? Pode considerar-se que existe uma disfunção eréctil se surgir em pelo menos 25% ou mais das situações em que ocorre um encontro sexual.

A dificuldade na erecç ão é sem dúvida uma das situações mais embaraçosas para um homem, além de ser igualmente embaraçosa para a parceira. As reacções psicológicas a este problema podem ser severas, quando os episódios se repetem a depressão pode ser uma consequência.

Qual é a causa? - Etiologia
As disfunções sexuais em geral podem dever-se a factores orgânicos, a medicamentos ou drogas, e/ou factores psicológicos. No caso da disfunção eréctil temos:

  1. Factores Orgânicos
    Qualquer doença grave pode diminuir a líbido assim como produzir uma disfunção eréctileréctil. As doenças cardíacas e do sistema circulatório ou vascular estão especialmente associadas a esta disfunção, visto que a erecção depende do sistema circulatório.
    Os ataques cardíacos podem estar indirectamente associados à disfunção eréctil, visto que muitas vezes o homem receia a actividade sexual ou o orgasmo por medo a um novo ataque cardíaco (medo este infundado).
    Existe uma associação entre esta disfunção e a diabetes mellitus, visto que a incidência é duas a cinco vezes superior que na população em geral. Isto não quer dizer que os diabéticos tenham todos disfunção eréctil, de facto a maioria não a tem!
    Qualquer doença ou acidente que danifique a parte inferior da medula espinal pode provocar uma disfunção eréctil, pois é esta a localização do centro que cordena o reflexo da erecção.
    Algumas doenças ou defeitos nos genitais ou tracto reprodutor, assim como algumas cirugias prostáticas, e doenças como a esclerose múltipla e a insuficiência renal, também podem ser responsáveis por esta disfunção. Situações de grande stress ou fadiga podem originar a disfunção eréctil. Assim, como factores como o tabagismo e consumo excessivo de álcool, também estão relacionados com esta disfunção.
     
  2. Utilização de Substânci as ou Drogas
    Pode ser explicada em alguns casos pelo uso de determinadas substâncias como a medicação anti-hipertensiva, antidepressiva, neuroléptica, hormonal ou o abuso de uma droga.
     
  3. Factores Psicológicos
    Uma forma simples de eliminar os factores orgânicos como causa da disfunção é verificar se existem ou não erecções matinais. Se o homem acorda regularmente com uma erecção, então não existe incapacidade física da erecção.
    Entre os factores psicológicos que podem estar subjacentes às disfunções psicossexuais, destacam-se para a disfunção eréctil os seguintes como mais prováveis, ansiedade em geral, ansiedade de desempenho e construção de barreiras à experiência de prazer erótico.

Se tiver esta disfunção é aconselhada a consulta de um especialista na área, que avalie os factores que podem estar subjacentes ao seu problema.

O que é que eu posso fazer? - Terapia

A terapia aconselhada é específica para cada pessoa, isto é, após a avaliação do caso é determinado qual o grau de importância de cada um dos factores associados ao problema, e com base nisto é desenhada uma intervenção adequada às características da pessoa e do problema em questão.

Em termos gerais várias intervenções são possíveis para cada disfunção sexual. No caso específico da disfunção eréctil destacam-se as seguintes, podendo ser recomendadas várias para a mesma pessoa:

  1. Terapia farmacológica, como é o caso do conhecido VIAGRA e, mais recentemente, do UPRIMA, é hoje já utilizada muitas vezes em primeira linha, dada a sua grande eficácia e baixo nível de riscos para os utentes. No entanto, há determinados doentes, em especial cardíacos, em que deve haver cautelas na toma destes medicamentos. Assim, a indicação desta terapêutica deve ser precedida de um exame médico cuidadoso, que indicará se o homem pode beneficiar ou não do tratamento.
     
  2. Redução da ansiedade
     
  3. Melhoria da Comunicação
     
  4. Intervenção para a depressão
     
  5. Aumento da experiência sensoral (foco sensorial), recurso a fantasias
     
  6. Técnica da "provocação" (introduzida fase IV do foco sensorial), consiste em parar a estimulação assim que a erecção ocorre, recomeçando a estimulação só depois desta ter desaparecido completamente.
     
  7. Técnica em que se dá a introdução do pénis flácido na vagina após a qual se inicia a movimentação (aplicada na última fase do foco sensorial).

Estas indicações terapêuticas pretendem informar sobre as possíveis soluções para o problema, qualquer aplicação técnica deve ser feita unicamente por indicação de um profissional da área, caso contrário a intervenção pode ter poucos ou nenhuns resultados positivos.

 

 

Fonte: www.sexualidades.com